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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quanta coisa mudou após o surgimento da Biopsicologia...


Desde que o mundo é mundo, discute-se a racionalidade, palavra que de acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss, significa:

1. qualidade ou caráter do que é racional, lógico;
2. capacidade de exercer a própria razão;
3. propensão para encarar fatos e idéias de um ponto de vista puramente racional (...)

Exercer a razão (capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de suposições ou premissas) é uma qualidade muito discutida por grandes pensadores da história do mundo, tendo como grandes precursores os gregos. Quando era percebido o desequilíbrio, significava que a pessoa não tinha o poder do domínio da razão.

As emoções, por sua vez, eram "arrumadas" nesse pacote da racionalidade. Todas eram explicadas, em detalhes, pelos ramos do "estudo da mente", ou seja, Psicologia, Parapsicologia, Psiquiatria, etc.

Eis que surge a Biopsicologia, também chamada de Psiconeuroimunologia: estudo científico da Biologia do comportamento e processos mentais, criada pelo Instituto de Medicina para o Corpo-Mente da Universidade de Harvard. Ela explica que cada mudança de humor é acompanhada por uma cachoeira de "moléculas de emoção" - hormônios e neurotransmissores - que flui através do corpo, afetando todas as células. Cada célula humana contém cerca de um milhão de receptores para receber essas substâncias bioquímicas. Desta forma, quando estamos tristes, todos os nossos órgãos estão tristes.

Os hormônios são as substâncias que regulam tudo em nosso corpo, influenciando, por exemplo, nossa resposta ao estresse. Cardiologistas dividiram os pacientes cardiovasculares em pessoas do tipo "A" e pessoas do tipo "B". As do tipo "A" eram mais propensas a sofrer ataque cardíaco por serem apressadas, altamente competitivas e hostis, já as pessoas do tipo "B" são aquelas de "cuca fria", assim sofriam muito pouco dos males do coração. A partir da Biopsicologia, descobriu-se que nada tem a ver com o estilo de vida, mas sim com a hostilidade. É aí que entra em cena o cortisol.

O cortisol é um hormônio produzido nas glândulas supra-renais. Suas funções e efeitos podem ser compreendidos com mais detalhes no link CLIQUE AQUI. O excesso dessa substância além de promover o estresse, afeta a nossa cognição - literalmente mata as células cerebrais do hipocampo, região do cérebro responsável pela memória.

Diante do exposto, o que nos resta é tentar trilhar os caminhos das pessoas do tipo "B". Missão quase impossível. Imagine-se de "cuca fria" diante de uma fatura de cartão de crédito em atraso, de um congestionamento, da precariedade de tudo que é público, dos diversos tipos de violência presente no dia-a-dia da sociedade moderna, do desemprego, de uma traição conjugal, enfim, de tudo que possa alterar o nosso sistema nervoso de forma a sermos bombardeados pelo cortisol.

Mas não devemos somente pensar no pior, pois existem hormônios "do bem", como a ocitosina, que reduz o efeito do cortisol no organismo e é estimulada em todos nós durante as relações afetivas e nas mulheres durante a amamentação.

Para que possamos atingir uma boa qualidade de vida hormonal, a Biopsicologia aconselha:

1. Fazer breves pausas durante o dia para respirar lenta e profundamente através do diafragma. Fazer esse procedimento, principalmente, quando lidar com pessoas irritantes ou negativas;

2. "Abrir" o coração para as maravilhas que a vida nos oferece;

3. Manter a mente "positiva";

Observações:

- Olhar, simplesmente, para a foto de uma pessoa amada, ajuda a diminuir os hormônios do estresse;

- Numa relação a dois, quando um vai ter de sair para trabalhar, por exemplo, e a pessoa que fica beija honestamente a que sai, aumenta a expectativa de vida dessa em cinco anos. E a sua também.

Deixo aqui um pensamento de Marco Aurélio, que reflete a tranqüilidade:

Quanto não ganha em tranqüilidade
quem não se preocupa com o que o vizinho diz,
fala ou pensa,
mas apenas com os seus próprios atos.

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