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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Viver com dignidade




As escritas orientais são por demais elaboradas. São chamadas de ideogramas, que como a própria palavra diz: símbolo gráfico ou desenho que representa um objeto, ser vivo ou uma idéia. Em pensar que num passado não muito distante, somente poucos detinham o saber de escrevê-las. Cá entre nós, devia ser muito humilhante viver na imensa camada que não detinha esse saber...

Escolhi esse ideograma em especial, por representar uma das palavras mais fortes em todas as línguas: dignidade. Ela é a palavra que define uma linha de honestidade e ações corretas baseadas na justiça e nos direitos humanos, constituída através dos anos criando uma reputação moral favorável ao indivíduo. Dessa forma, viver de forma digna nada mais é do que se ter, na justa medida, tudo o que for necessário para que a qualidade de vida seja considerada positiva.

Mas como tudo na vida não segue por caminhos lineares, nem sempre podemos ser dignos ou sermos tratados com dignidade. Essa afirmação decorre de determinadas situações do nosso dia-a-dia onde vivenciamos situações realmente vexatórias, para não dizer humilhantes.

O mais ridículo dessa afirmação é quando pensamos nos poderes que foram criados para nos proporcionar essa qualidade, são eles: Executivo, Legislativo e o Judiciário. Todos eles tem origem na base, que somos nós, o povo e é justo aí que tudo se complica. Em nosso passado de luta, na política brasileira, existiu um partido que, através da sua linha ideológica, nos indicava os caminhos para adquirirmos o respeito. Tanto pregou, que um dia conseguiu o poder. Todos pensamos: Agora conseguimos, finalmente, a dignidade de termos um governo que tratará a todos com o respeito devido. Ledo engano...

Os serviços públicos considerados básicos são: saúde (distribuição de água potável e energia, saneamento, coleta e processamento de lixo, vacinação, fornecimento de remédios, oferta de atendimento em hospitais e postos de saúde), educação, segurança e transportes. Nesses últimos oito anos o que vimos foi uma grande falácia, toda fundamentada pelo governo brasileiro e corroborada pelo povo ávido pela tão sonhada Bolsa Família.

O meu falecido avô materno, Seu Manoel do Correio, disse-me certa vez a seguinte frase:

Feliz de quem é ignorante

Ela caiu que nem uma bomba na minha mente infantil, pois no mesmo instante eu tive a impressão que aquele homem que eu admirava tanto, principalmente pela sua docilidade, estava dando razão à ignorância relativa à brutalidade. Claro que com o passar do tempo fui percebendo o real significado da sábia frase, pois a ignorância citada é aquela que reside na falta do conhecimento.

Atualizando a frase do meu avô, eu escreveria:

Infeliz de quem é ignorante

Infeliz sim, muito em função da falsa alegria vivida por aquele que ignora a vida e os seus fatos.


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