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Título de Eleitor: O extermínio de um documento
O título eleitoral, em época de eleição, sempre foi considerado o documento dos documentos. Houve época onde nele, havia a inclusão de foto. Com o passar dos anos ele evoluiu, mas pelo jeito para pior. Perdeu a foto e perdeu a importância.
No primeiro semestre, foi aprovada a lei que obrigava a apresentação do título eleitoral, juntamente com um documento oficial com foto. No mês de setembro, o PT entrou com um recurso contra a obrigatoriedade dessa apresentação, já que através de pesquisa percebeu que ela iria aumentar a abstenção entre os eleitores com menos escolaridade, faixa de eleitores onde a candidata Dilma tinha o dobro da intenção de voto, que o candidato do PSDB, José Serra.
Sendo assim, pedido de "rei" é ordem incontestável e mais uma lei cai no Brasil, junto com ela, de acordo com as palavras do presidente do STF, Gilmar Mendes: Acabamos de decretar o fim do título eleitoral brasileiro.
Seria engraçado, se não fosse trágico. A lei da obrigatoriedade foi aprovada em todas as instâncias, inclusive pela presidencial. Sem veto.
Quanto a mim, um dos milhões de brasileiros que tiveram de correr contra o tempo, para garantir a participação num dos momentos mais representativos da cidadania brasileira, votei apenas com a minha Carteira de Identidade. Quanto ao título, fiz o que se faz com documentos importantes nos gabinetes executivos, engavetei-o.
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