Os sentidos no amor

Era noite. No quarto pesava uma penumbra que era morna e que cheirava a desejo. Ela estendia seu corpo languidamente, como quem espera um toque de pele. Seus mamilos intumecidos indicavam o princípio do prazer. Por enquanto, levemente dormia. A porta se abre num rangido suave. Uma presença é sentida e desperta. Aguça o seu olfato e percebe o cheiro do seu homem. Vira-se para a porta e vê uma silhueta conhecida. Nesse momento, sua perna escorrega para fora do lençol de cetim. A sombra movimenta-se em sua direção e ela sente uma mão segurar o seu pé por um momento e percorrer a sua perna, lentamente. Dá-lhe as costas e sente a pegada do seu homem em sua nádega. Solta um gemido de prazer e atinge o seu primeiro orgasmo.

É impressionante perceber as alterações do corpo humano enquanto ele se prepara para o amor. Os sentidos passam a funcionar a pleno vapor percebendo as cores mais sutís, os cheiros mais dispersos, os sabores menos acentuados, as superfícies mais suaves e os sons menos audíveis.

O sistema hormonal, através das suas substâncias: dopamina, noradrenalina, adrenalina, feniletilamina, oxitosina, serotonina e as endorfinas, associado com o sistema nervoso são responsáveis por todas essas percepções e daí comandam ordens para todos os outros sistemas, como por exemplo o aumento dos batimentos cardíacos e da sudorese, o peso da respiração, o vitreamento do olhar, além do rubor e do aquecimento da pele.

É por isso que todos os médicos afirmam que fazer sexo é bom para a manutenção da saúde, portanto que se faça, mas com muita, muita responsabilidade, usando sempre a camisinha.